12 de out. de 2013

Matéria - Dia das crianças. Ainda há muitas crianças sendo exploradas

Crianças com idade entre 5 e 17 anos são submetidas ao trabalho infantil
O que seria um domingo de  lazer significa trabalho para crianças que percorrem toda orla marítima de Maceió vendendo dezenas  de produtos. Essa triste realidade vista em um dos pontos turísticos mais movimentados do estado, também é vivida por milhares de meninas e meninos em todas as partes da capital e no interior do estado. Mesmo com direitos previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), 3,5 milhões menores, entre 5 e 17 anos de idade, continuam sujeitos ao trabalho infantil no país, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).  

Porém, esse contexto não se restringe apenas à exploração do trabalho. Em um estadomarcado pela violência, crianças também são vítimas de homicídios que nunca tiveram soluções.  Dos 3,5 milhões de crianças no trabalho infantil, mais de um terço concentra-se no Nordeste. Em Maceió são 62 mil crianças submetidas ao trabalho, sem receber nenhum tipo de remuneração.
 Segundo o IBGE, mesmo com os números altos, houve uma diminuição de 5,41% em relação a 2011, ou seja, 156 mil crianças a menos nestas condições. De acordo com a pesquisa, essa população é composta por cerca de  81 mil crianças na faixa etária entre 5 e 9 anos de idade, 473 mil entre 10 e 13 anos e cerca de 3 milhões entre os 14 e 17 anos. Em todas as faixas de idade, os meninos são maioria.
Quem frequenta a Orla da Pajuçara, nas proximidades da Feirinha, observa a  movimentação dessas crianças vendendo chapéus, colores, roupas de praia e até mesmochicletes. A frase de abordagem aos futuros cliente é sempre a mesma: “compra um para me ajudar”. Em algumas situações, a criança vendedora chegar a improvisar nahora para conquistar o cliente: “A senhora vai ficar mais charmosa com um chapéu desse”. E assim eles vão seguindo, até chegar o final da tarde quando são levados para casa por familiares que estão próximos observando a ação deles.
Longe da Orla, meninos também se aglomeram em esquinas movimentadas para conseguir algum trocado. A situação tornou-se “comum” e muitas famílias fizeram daquele ambiente um meio de sobrevivência.
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