O consumidor já começa a sentir diferença no preço do combustível em Maceió. Insatisfeita com a alta no valor da gasolina, a população já se organiza para um protesto que deverá acontecer neste sábado (23) à tarde, a partir das 16h, com concentração em um posto de combustível da capital, localizado no Farol.
Segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de Alagoas (Sindicombustíveis), a entidade não tem controle sobre o aumento do preço da gasolina, mas acredita que o reajuste no salário dos frentistas neste mês pode ter influenciado a alta do combustível nos postos de Maceió.
Além disso, ainda de acordo com as informações do Sindicombustíveis, o sindicato não tem como precisar os fatores que resultaram na elevação dos preços.
Para o dentista André Vasconcelos, que estava abastecendo o carro durante a entrevista, a alta no preço da gasolina é sinônimo de exploração. “O preço da gasolina está caro demais. Foi um aumento abusivo sem dúvida alguma, principalmente para quem costuma utilizar o carro para se locomover, ou seja, a maioria das pessoas hoje em dia. O pior é que não tem outro jeito”, disse.
Alta no preço da gasolina altera movimento nos postos
A reportagem do TNH1 foi às ruas para acompanhar os preços dos combustíveis de alguns postos de Maceió. Para se ter uma ideia, o consumidor gasta R$ 2,940 para cada litro de gasolina comum, R$ 2,969 para a gasolina aditivada e R$ 2,389 com o etanol em um posto de bandeira Texaco localizado no Jaraguá.
Já em outro posto, de bandeira Shell, localizado no Poço, o preço do litro da gasolina comum é R$ 2,999. A aditivada custa R$ 3,099 e o etanol R$ 2,489.
Conforme o gerente do estabelecimento, que preferiu ter a sua identidade preservada, o movimento do posto caiu em média 50% após o reajuste. “Aqui no posto o preço da gasolina subiu 0,10 centavos e isso fez com que os consumidores começassem a reclamar imediatamente”, comentou.
À reportagem, o gerente disse que a insatisfação foi maior porque a alteração no valor do combustível aconteceu de forma repentina. “Os consumidores dizem que foram surpreendidos com a alta. Acredito que se o aumento fosse avisado com antecedência a rejeição seria menor”, complementou.
Localizado no Farol, o terceiro posto visitado pelo TNH1 está comercializando o litro da gasolina comum por R$ 2,969. A aditivada custa R$ 2,999 e o etanol R$ 2,459. O estabelecimento tem bandeira Petrobras.
Para o gerente desse último posto, Magayver James, nos últimos meses as variações no preço dos combustíveis têm acontecido frequentemente. Apesar disso, ele alega que o movimento não foi reduzido, já que praticamente todos os estabelecimentos da capital alteraram seus preços. “O movimento não piorou porque o aumento corresponde aos outros postos e isso, consequentemente, fez com que o fluxo ficasse estável”, declarou.