Diante da medida do Conselho Estadual de Segurança (Conseg), seguida pela Coordenadoria de Correição da Polícia Judiciária, que exige dos delegados alagoanos o preenchimento de um questionário para que se tenha conhecimento do funcionamento e estrutura de cada delegacia, o Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) se divide sobre a ação e aponta possíveis falhas no processo.
Segundo Josimar Melo, presidente do Sindpol, o questionário serve para mostrar as reais condições das unidades, mas que podem ser omitidas e pede a extensão da ação. “É uma medida louvável, mas acho que poderia ser ampliada para os agentes, que sabem de fato as condições de uma delegacia, que estão todos os dias ali enfrentando os problemas. Os delegados podem omitir algumas situações”, pontuou.
Como as condições das delegacias alagoanas já foram tratadas de forma excessiva nas reuniões semanais do Conseg, o questionário exigirá dos titulares das unidades, os delegados, que forneçam informações das condições e do funcionamento, além do andamento de inquéritos.
Alguns tópicos á serem preenchidos são referentes as condições estruturais, alimentação, baixo efetivo de policiais, além de fotos que devem ser feitas e anexadas para comprovação do que está sendo dito no questionário.
Publicada no Diário Oficial do Estado e iniciada na terça-feira, a medida tem um prazo de conclusão dos questionários em 15 dias. Os delegados ainda correm o risco de responderem a um processo disciplinar caso não cumpram o prazo previamente determinado.
Por conta da obrigação do preenchimento e das possíveis sanções em caso de descumprimento, o Sindpol pede que sejam efetuados direitos iguais, já que os agentes constantemente respondem sindicâncias.
“Esse prazo serve para regulamentar e pressionar a medida. Acreditamos que é possível cumprir e quem não cumprir ou não mostrar a realidade, que seja punido, porque os agentes também sofrem penalidades quando agem de forma incorreta, mesmo tentando cumprira a sua função”, finalizou.
