Uma manifestação pública bloqueou a Avenida Durval de Góes Monteiro no sentido Centro na tarde desta segunda-feira (25) no bairro do Tabuleiro do Martins, em Maceió. A obstrução da via aconteceu na entrada do bairro do Santo Amaro, onde os moradores reclamam da insegurança, no que diz respeito ao trânsito e à criminalidade do local. Uma mulher morreu atropelada no local na noite desse domingo (24).
“Uma moto em alta velocidade matou uma senhora ontem aqui mesmo onde estão bloqueando a avenida”, disse Rosilda Vieira, moradora do bairro do Santo Amaro. Os moradores bloquearam a pista queimando galhos de árvores e pneus.
“Esse aqui é só o primeiro protesto. A mulher era mãe de família”, disse um morador enquanto arrastava mais galhos para serem queimados. Há uma passarela logo ao lado do local, porém os populares têm medo de assaltos. “A criminalidade é grande aqui. Os bandidos ficam escondidos lá em cima na passarela para roubar o pessoal. Semana passada, uma jovem foi assaltada quando passava por lá e teve os pertences roubados”, disse Rosilda.
A mulher vítima do acidente fatal, identificada como Ana, segundo os moradores, atravessava a Avenida Durval de Góes Monteiro no sentido Centro, com medo de ir pela passarela, na noite desse domingo junto com o seu esposo. Foi quando uma moto passou em alta velocidade e atropelou Ana. “Ela ficou muito ferida e acabou morrendo na ambulância do Samu”, disse Cícera Maria, outra moradora do local. Ana, segundo moradores, era cobradora de ônibus da empresa Real Alagoas. Ela deixa um casal de filhos. De acordo com Cícera, a Polícia Militar, ao chegar ao local, constatou que o motoqueiro estava embriagado e não era o primeiro acidente que causava. Durante a obstrução, o trânsito ficou lento no local. Alguns motoqueiros se arriscavam a passar pelos entulhos e os carros passavam pela calçada ao lado da pista.
Os moradores cobram providências para mais segurança no lugar. “Temos uma passarela aqui do lado que ninguém pode usar por causa dos criminosos. A situação acaba resultando em tragédias como essa”, disse um popular à reportagem do Tribuna Hoje.
A SMTT esteve no local para controlar o trânsito e agentes do 4º Batalhão da Polícia Militar (4º BPM) observavam a manifestação.