12 de nov. de 2013

Funcionários da Saúde e Educação de São Luiz do Quitunde realizam protesto

PREFEITO A CULPA É SUA! Foi com esse grito que, professores, alunos e profissionais da área da saúde percorreram as principais ruas do município de São Luiz do Quitunde, localizado no Litoral Norte do estado, realizaram nesta terça-feira (12) um protesto juntamente com os devidos sindicatos Sinteal e Sindprev para reivindicar e exigir o Plano de Cargos de Carreiras e Salários e insalubridade (saúde), 13º salário, bem como salários dignos para todos os servidores municipais. Os manifestantes decidiram manter a greve geral, iniciada na semana passada.

De acordo com o Movimento, em entrevista para a reportagem do Alagoas Em Tempo, no momento que os manifestantes chegaram a sede da prefeitura, funcionários do próprio prédio fecharam a porta interna impedindo o acesso dos profissionais. Na recepção professores iniciaram em um só coro músicas que simbolizavam garra e luta. Ao mesmo tempo na parte superior do prédio municipal, funcionários tiravam foto como meio de coibir os manifestantes.

“As pastas da Saúde e Educação municipal estão completamente abandonadas. Para se ter uma idéia, os postos de saúde de São Luiz do Quitunde não têm medicamentos para os pacientes que sofrem de pressão alta e diabetes. Alguns medicamentos para as gestantes também estão em falta. A saúde daqui está um verdadeiro caos. A última remessa de medicamentos que recebemos foi em setembro e já acabou. Eu tenho que uma seleção para distribuir os medicamentos para a população”, revelou a enfermeira Merilene Queiróz.

“Nós estamos em frente ao prédio da prefeitura de São Luiz do Quitunde com cerca de 300 pessoas das áreas da saúde e educação para cobrar melhores condições de trabalho. Para se ter uma idéia, nós não temos seringas e materiais descartáveis. Não existem produtos para fazer a limpeza dos postos de saúde do município. A prefeitura alega que não tem dinheiro para nos pagar, entretanto sabemos que ela recebe repasse de verbas do Governo Federal”, desabafou Meriline Queiróz para a reportagem do Alagoas Em Tempo.

A enfermeira e integrante da comissão da saúde Meriline Queiroz revelou para a reportagem do Alagoas em Tempo, que caso não haja acordo, será realizada nova reunião com os sindicatos, em seguida assembléia, mobilização na rua, e caso de nenhum êxito, greve.

A população de São Luiz do Quitunde passa por uma situação crítica com mudanças de prefeitos, salários devassados, dentre outras circunstâncias. Os manifestantes também afirmaram que não há data prevista para o recebimento dos salários, mesmo com o dinheiro estando nas contas da prefeitura depositado pelo Ministérios da Saúde. "Se os próprios funcionários não pressionarem para receber o que é um direito nosso, muitas vezes temos que contar com o apoio do Ministério Público para recebermos, eles só depositam quando bem entendem", finalizou a servidora municipal para o Alagoas em Tempo.

Prefeito afastado

O desembargador Klever Rêgo Loureiro, integrante da 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Alagoas, negou o pedido de Eraldo Pedro da Silva para suspensão da Ação Civil de Improbidade Administrativa que o afastou do cargo de prefeito do município de São Luís do Quitunde, por considerar que não existem elementos suficientes para a concessão da liminar. Eraldo é acusado de desviar o valor de R$ 160.000,00 do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e teve denúncia acatada pelo Judiciário alagoano no mês de outubro. A decisão foi anunciada na última sexta-feira (08).

De acordo com a acusação, o prefeito afastado contraiu, em 2012, dois empréstimos que seriam gastos com sua campanha eleitoral, no valor de R$ 80.000,00 cada, cujos credores são Pedro Celestino e Sebastião Barros. Como garantia do empréstimo, Eraldo Pedro teria dado dois cheques do Banco do Bradesco aos referidos credores, para serem substituídos em janeiro de 2013 por cheques pré-datados da conta do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) de São Luís do Quitunde.

No pedido interposto pelo prefeito afastado, argumenta-se que os cheques utilizados para a contratação do empréstimo não foram assinados por ele, sendo estes falsificados e, para comprovar, juntou aos autos cópia de sua carteira de identidade. Tal documento, como explica o desembargador, é insuficiente para comprovar se as assinaturas constantes nos cheques são, ou não, de sua autoria.


Prestigie nossos anunciantes                                            

MAIS VISTAS DA SEMANA

PUBLICIDADDE
PUBLICICIDADE