Após uma onda de homicídios na cidade de Pilar, o delegado-geral da Polícia Civil, Paulo Cerqueira, determinou, em portaria publicada nesta quarta-feira (13), que os crimes ocorridos na cidade passem a ser investigados pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), e não pela delegacia local. A DHC, instituída após o lançamento do plano Brasil Mais Seguro, conta com a atuação de policiais civis e da Força Nacional e investigava até então crimes ocorridos em Maceió e Rio Largo.
A portaria 2376/2013 DGCP determina que “os homicídios consumados ocorridos na Capital, Rio Largo e o município de Pilar tenham as investigações, incluindo a lavratura dos autos de prisões em flagrante delito, centralizadas na Delegacia de Homicídios da Capital”.
A medida foi tomada após o Ministério Público de Alagoas e a Justiça cobrarem um plano de segurança para Pilar, que registrou mais de 60 homicídios nos últimos três meses. Em reunião na última segunda-feira (11), foi criada uma força-tarefa da Polícia Civil e Militar, cujas cúpulas se instalaram no município a partir de hoje por tempo indeterminado.
De acordo com o MP, 53 inquéritos de assassinatos de 2013 estavam paralisados, e terão investigações retomadas esta semana, com ajuda da Delegacia de Homicídios da Capital e da Divisão Especial de Investigação e Captura (Deic). O juiz de Pilar, Sandro Augusto Santos, frisa que a maioria dos homicídios na cidade tem como motivação o tráfico de drogas.
Outras alterações
A portaria também estabelece que os homicídios ocorridos em Arapiraca sejam investigados pela Delegacia de Homicídios da Capital, mas que a lavratura dos autos de prisões em flagrante delito seja realizada pela unidade policial de origem.
As tentativas e crimes de homicídios praticados por menores de 18 anos continuam a ser investigados pela Delegacia Especial da Criança e do Adolescente.
