31 de out. de 2013

Resistência ao vírus da Aids varia em algumas pessoas

Um grupo de pesquisadores da Escola Politécnica de Lausanne e do Hospital Universitário do Cantão de Vaud, na Suíça, elaborou o primeiro mapa de resistência humana ao vírus da aids, que mostra a forma como o corpo luta naturalmente contra a doença.

Os cientistas acreditam que a descoberta poderá permitir a criação de tratamentos personalizados no combate à doença. Os resultados do estudo foram publicados terça-feira (29) na revista científica eLife.

Na pesquisa, os cientistas verificaram mutações genéticas específicas e puderam reconhecer as variações registradas em algumas pessoas mais resistentes ao vírus e em outras mais vulneráveis.

Por meio de programas de computação, os pesquisadores cruzaram mais de 3 mil mutações no genoma humano do vírus com mais de 6 milhões de variações do genoma de 1.071 pessoas soropositivas.

"Tínhamos que estudar as cepas virais de pacientes que ainda não tivessem recebido nenhum tratamento, o que não é comum", afirmou o pesquisador Jacques Fellay, um dos envolvidos na pesquisa. Por esse motivo, os cientistas basearam o estudo em bancos de amostras criados nos anos 1980, quando ainda não havia tratamentos eficazes contra o vírus.

O corpo humano desenvolve constantemente estratégias de defesa contra o HIV, mas como o genoma do vírus muda rapidamente, milhões de vezes por dia, a missão de combatê-lo é bastante dificultada.

De acordo com os autores do estudo, o trabalho permite uma visão mais completa dos genes humanos e da resistência imunológica ao vírus, o que poderá gerar novas terapias inspiradas nas defesas genéticas naturais do corpo humano.


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